segunda-feira, 15 de julho de 2013

Som das almas


As vezes a alma me parece algo parecido com música de diferentes tons, jeitos e ritmos.As poéticas deixam de ser almas e tornam-se canções que se harmonizam com a vida sem muitos esforços. Longas letras quase discursos, remetem ao tempo e paralisam como as nuvens cinzas em dias de inverno.

Prefiro escolher as essências com os acordes de um blues: desenvolvem-se a cada partitura e retomam o início com um progresso ainda maior como se atravessassem oceanos, copas de árvores e plantações de arroz. Não encontro tempo para as canções barulhentas que fogem das almas e deixam de ser letra, música e tom; sombrias.

Melhor do que é escolher as essências é tomar um pouco delas e tornar se um pouco de canção, mesmo que envelhecida ou ainda jovem demais mas que se possa ao menos passar entre os trilhos dos cafezais, como um ruido, acordes das folhas e do vento em forma de alma.



domingo, 14 de julho de 2013

Chocolate


Imaginava que o chocolate fosse algo que não merecia acompanhamento no modo vício, mas equivoquei me. Deixei que as palavras dançassem em minha alma como o Sonho de Valsa ou que o amargo da saudade ficasse presente nas barras 70% de cacau, não como sobremesa mas prato principal.

Vou aos poucos fazendo que elas derretam no céu da boca e escorra por meus dedos em forma de letras, com o toque da língua posso aperfeiçoar o sabor passando pelos variantes de texturas que ao pronunciar a palavra cheia a respiração se eleva.

Como sobremesa um belo Porto por que as especiarias e o cacau casam bem com esta temperatura de sabores.


(*) Por inspiração de uma amiga: Van, Obrigado.

Tempo



Depois de decantar o tempo necessário, levo até meus lábios o sabor de um tanino forte, lembranças de um merlot de 15 anos, suficientemente amadurecido para trazer  a mente a sua imagme.

Liberdade de pensamento e embriaguês da alma, fluidês para vôos longos, além do alcance.

Um acompanhamento forte, marinado em saquê e ginger, complemento à uma ode ao oriente.
Toques das sakuras, textura da seda e acidez do mar. Assim me apaixono todos os dias pelas gueixas e os samurais. Acostumar-se e gostar é somente uma questão de tempo, assim como o envelhecimento de um bom vinho.

Boa noite !

Primeiro brinde !


Salut !

Uma mistura de textos, texturas, amores e desconforto ... Oriente e um pouco de literatura. 
Um local aconchegante ou uma paisagem para sentir e ser sentida. Ventos além mar ... bem vindos !

Hoje recomendo um vinho verde para brindar um inverno que não chega e um calor aconchegante de quase primavera!