segunda-feira, 15 de julho de 2013

Som das almas


As vezes a alma me parece algo parecido com música de diferentes tons, jeitos e ritmos.As poéticas deixam de ser almas e tornam-se canções que se harmonizam com a vida sem muitos esforços. Longas letras quase discursos, remetem ao tempo e paralisam como as nuvens cinzas em dias de inverno.

Prefiro escolher as essências com os acordes de um blues: desenvolvem-se a cada partitura e retomam o início com um progresso ainda maior como se atravessassem oceanos, copas de árvores e plantações de arroz. Não encontro tempo para as canções barulhentas que fogem das almas e deixam de ser letra, música e tom; sombrias.

Melhor do que é escolher as essências é tomar um pouco delas e tornar se um pouco de canção, mesmo que envelhecida ou ainda jovem demais mas que se possa ao menos passar entre os trilhos dos cafezais, como um ruido, acordes das folhas e do vento em forma de alma.



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